domingo, abril 23, 2006

[NET] Hit da breakz



O blogue Hit da Breakz é um fenómeno único na blogosfera musical nacional. São várias as razões entre as quais a qualidade da escrita de Digga e de Dub (que nos deixam agarrados aos seus posts até ao final) e por nos mostrar a actividade diggin’ e da importância do break (penso serem estas as duas palavras mais faladas no blogue).

Não só este par nos mostram as peripécias de comprar discos de décadas distantes sem fazer a mínima ideia do que contêm como ainda nos oferecem autênticas lições de música onde nos apercebemos que o que ouvimos hoje não tem origem na década passada, mas sim há 2, 3 ou mais décadas.

Deixo alguns posts (entre muitos): “Breaks – Porque é que são tão importantes?”, “ABC da organização de discos”, “Visões do Paraíso” ou o mais recente “Ler o livro ou ver o vídeo?” Neste último temos um link para uma página onde podemos ver vídeos de produtores como Jay-Z, J-Traxx, Kanye West, Pete Rock ou Pharrel a fazerem os seus beats.

Habituados aos blogues que debitam críticas às últimas novidades “adquiridas” no E-mule, este Hit da Breakz é uma excepção à regra.

sábado, abril 22, 2006

[DISCO] Lindstrom "I Feel Space"

Lindstrom

Depois da avalanche de Lindstrom & Prins Thomas, chega-nos Peter Lindstrom a solo com este 12’’ “I Feel Space” também editado pela Feedelity Recordings não completamente desligado do funk-house espacial que o disco hómonimo do duo nos revelou.

Com “I Feel Space” e "Roma E6 7825" se constroem dois ambientes diferentes. Enquanto "Roma E6 7825" ocupa um espaço mais easy-listening claramente dançável (ou só audível) com um piano de influências latinas a conversar com uma guitarra espanhola onde tudo é condimentado com percussões não exageradas e um baixo orgânico, já em “I Feel Space” o tal space funk (há quem lhe chame “hypnodisco”) aparece em resplendor. Não há dúvidas, um sucesso apontado para as pistas de dança é o que este tema representa. Sem imediatismo, os mais de 7 minutos de música embalam-nos numa subida calma, mas com a força épica necessária, onde nos aninhamos entre um loop de baixo todo ele electro que é reforçado pelos lençóis de sintetizadores e pelos arranjos que tornam uma faixa vulgar num tema realmente musical. Um toque humano é conferido, tal como em "Roma E6 7825" pelo conjunto de percussões, agora mais secundárias.

Sendo, desde já, um disco/EP do ano, quem não ouviu “I Feel Space” ficará em falta para consigo.

+ info

quarta-feira, abril 19, 2006

[info] She Wants Revenge em Lisboa


Os americanos She Wants Revenge, de quem já falamos aqui, vão actuar em Lisboa no dia 22 de Julho, no festival Lisboa Soundz. Boas notícias, portanto, que foram publicitadas no site oficial da banda (aqui).

sexta-feira, abril 14, 2006

[INFO] Blitz

Segundo a notícia do Cotonete, o Blitz tem o seu último número agendado para o dia 24 de Abril. Após pouco tempo da saída do efémero Vítor Raínho e a entrada do incontornável Miguel Francisco Cadete, a decisão vai no sentido de transformar o único semanário de música português numa revista mensal a editar em Junho.

Comecei a comprar (religiosamente) o Blitz quando chegava da escola. O jornal foi minha fonte de informação sobre música durante cerca de 7 anos acompanhando-o em várias ocasiões onde se procuravam pregões que se queriam ler, novidades para saber ou novos discos que iam ser editados. Entre os anos de 1994 e 98 o Blitz vive uma época dourada. Com uma tiragem elevada (salvo erro andaria na casa dos 17 ou 18000 exemplares por semana) arrisca a faceta mais conhecida deste jornal na década passada: Os prémios Blitz onde nomes consagrados da(s) música(s) nacionais ou internacionais eram premiados. Chegaram a actuar numa dessas festividades os Smoke City e os Da Weasel. Artistas portugueses foram postos na boca do mundo através dessas nomeações como os Ithaka, Cool Train Crew, Alex FX, Amélia Muge, Underground Sound Of Lisbon, Entre Aspas, Da Weasel, Cool Hipnoise, Blind Zero etc. Lá fora, foi através do Blitz que os Massive Attack ou os Portishead ficaram conhecidos bem como Beck, Blur, Nick Cave e Jeff Buckely que eram completamente adorados pelos jornalistas. As imagens reproduzem os programas dos Prémios Blitz de 1994 e 1997.

Prémios Blitz de 1994 Prémios Blitz de 1997

Com um Estatuto Editorial claro tinham como objectivo “fornecer ao leitor o máximo de informação e procurar fazer a divulgação das mais atraentes aventuras da música contemporânea”. Deste modo, foi no Blitz que acompanhei (a par do Planeta-E na Antena 3) as novidades na música de dança. Numa rubrica chamada B.P.M. teciam-se algumas considerações sobre os sons de dança actuais. Lembro-me da primeira definição de Jungle dada pelo jornalista na altura. Cito de cor: “imaginem um ritmo de rap, mas sempre em contra tempo e ponham isso a 150 bpms. Pronto, isso é jungle”. Com a entrada nos anos 90 o rock passou a partilhar algum do seu espaço com outras sonoridades, principalmente com o reggae e ska que, numa altura em que Primitive Reason estava na berra, iam fazendo o gosto dos leitores.Já neste milénio as vendas decresceram notoriamente. Nestes anos, muito raramente adquiri o Blitz em parte pela existência da net. Além disso, a música sectarizou-se muito. Ou melhor, quem ouve música sectarizou-se. Num jornal que expunha artigos longuíssimos sobre uma qualquer banda de black-metal obscura antes de um artigo sobre a vinda de um qualquer deus do techno a Portugal, uma linha coerente era complicada de manter.

Ainda assim, o único semanário musical português sobreviveu durante 22 anos. Ainda há pouco tempo falava no já morto “Raio X”. Agora o Blitz, ainda que venha alterado em Junho em formato de revista o que implicou o despedimento de cerca de 10 jornalistas. A curiosidade é muita.

Historial (retirado do Rascunho)
O Blitz foi fundando em Novembro de 1984 por um grupo de cinco jornalistas que visavam criar um projecto novo e diferente do que se fazia até aí, na área da música e da cultura jovem. Sob alçada do grupo Impresa desde 1992, o semanário atingiu um dos auges em 1995, aquando da criação dos Prémios de Música BLITZ. A iniciativa, na altura inédita, premiava as melhores edições discográficas e as melhores intervenções artísticas mas acabou por ser extinta anos depois. Entre crises e inovações (a renovação de imagem de 2003 foi uma das mais arrojadas) a publicação (o único jornal de música publicado semanalmente em Portugal) regeu-se pelo princípio de que “toda a música é relevante” e sempre se apoiou, com maior ou menor fidelidade, a um princípio declarado no Estatuto Editorial, publicado na primeira edição: «fornecer ao leitor o máximo de informação e procurar fazer a divulgação das mais atraentes aventuras da música contemporânea. (...) acompanhar a par e passo o que se passa no mercado discográfico nacional, (...) divulgação de obras não editadas em Portugal, tentando assim complementar idêntica tarefa que alguns programas de rádio têm executado em prol da melhor música moderna». Quantas gerações vão sentir falta da 'Bíblia'?

quinta-feira, abril 06, 2006

[EVENTO] Um Mundo de Gaitas

Exposição de Gaitas-de-fole no Instituto Superior de Agronomia

"Depois da Faculdade de Letras de Lisboa, a Exposição "Um Mundo de Gaitas" estará patente no Salão Nobre do Instituto Superior de Agronomia, na Tapada da Ajuda (Lisboa), de 3 a 7 de Abril. (...) O objectivo é fazer descobrir a diversidade do instrumento, bem como os seus segredos técnicos, a sua história e os testemunhos antigos que percorrem a cultura portuguesa e universal, na música, iconografia e tradições locais.A exposição, organizada pela Associação Gaita-de-foles, permite ainda conhecer uma parte do trabalho de investigação, ensino e recuperação do instrumento levado a cabo no seio desta instituição."

Vale a pena a visita à Biblioteca Antiga do Instituto Superior de Agronomia para apreciar esta exposição condimentada com música de gaita-de-foles das mais variadas proveniências. Quem pensa que "estes instrumentos" tem origem na Escócia ou nos Celtas está enganado.

 

 

 

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