quarta-feira, outubro 26, 2005

[INFO: media] Micro Audio Waves nomeados para os Qwartz Music Awards


Fotografia: Hugo Amaral

"Os Micro Audio Waves foram nomeados para os Qwartz Music Awards (patrocinados pelo jornal Le Monde) nas categorias de "Melhor Álbum" (No waves), "Melhor Tema" (Serge au Sushi) e "Melhor Videoclip" (Fully Connected - realizado por Marco Madruga e Daniela Krtsch). O projecto português é o único com 3 nomeações!

Os Qwartz Music Awards premeiam os melhores trabalhos da música electrónica independente a nível mundial. No total foram propostos a concurso cerca de 3000 trabalhos de todo o mundo. Entre os nomeados estão nomes como Lali Puna, Funkstorung, Vitalic ou High Tone.

A atribuição dos prémios resulta da votação on-line dos projectos nomeados em www.qwartz.org. A banda pede, por isso, uma participação em massa para que o trabalho dos Micro Audio Waves receba o maior número de votos possível. A entrega dos prémios decorre no dia 24 de Março de 2006, no Cirque d"Hivers em Paris, onde os Micro Audio Waves vão estar presentes."

Fonte: Divergências

segunda-feira, outubro 24, 2005

[DISCO: crítica] Ladytron “Witching Hour”



Para os Ladytron, o epíteto “electroclash” morreu. Estranho para nós, mas verdade. Para quem ergue uma obra fantástica como “604” com temas destinados ao engrandecimento do sucesso do fenómeno “electro” como “CSKA Sofia”, “Discotraxx” entre outros, a inclusão de guitarras parece estranha, a menos que se filtrem, comutem e se alterem. Os Ladytron, com o seu último trabalho “Witching Hour” revitalizam o rock (“High Rise”, faixa inaugural é disso o exemplo perfeito), mas não o adoptam.

Após a audição do primeiro tema, todo ele Santa Trindade do Rock (guitarra, bateria e baixo), surge "Destroy Everything You Touch", que nos faz relembrar os velhos Ladytron de “604”. As guitarras não desaparecem, mas a sonoridade dos anos oitenta cruzada com a electrónica actual, afinal o electro-house que conhecemos, cativa-nos e não só pelo jogo de palavras que os Ladytron usam em “604”, recorrendo às memórias colectivas de todos nós (objectos, televisão, etc.). "Destroy Everything You Touch" não despreza as guitarras, antes as comuta em efeitos sónicos e algo sujos debaixo de uma componente rítmica simples e muito dançável. Depois destas duas faixas “uptempo” os Ladytron deixam-nos com “International dateline”, não tão dançável, mas candidata a música para encerrar uma pista, com rodopios alcoólicos ou devaneios desesperados de amor próprios de sonoridades neo-góticas: "Woke up in the evening/ To the sound of the screaming/ Through the walls that were bleeding/ All over me". Lentos, mas apenas q.b., os Ladytron mostram, em “Beauty”, uma vulnerabilidade fora do comum nos seus trabalhos o que demonstra uma maturidade merecida e alcançada neste “Witching Hour”; Exemplo disso é, também, a faixa de encerramento, “All the way”. Outros momentos altos incontornáveis neste disco são a sexta faixa, “Soft Power”, conjugação "electro-pop" vocalizada onde as vozes, ainda que “electrizadas”, permanecem com um sabor natural, muito femininas e melancólicas e ainda um outro tema interessante, “Weekend”, que cruza a estética rock com os sintetizadores planantes.

“Witching Hour” liberta os Ladytron do jugo do "electroclash", epíteto que os críticos e o público em geral não hesitaram em usar para classificar o trabalho da banda após “604”. Não tão imediato como o último disco, “Witching Hour” vai-se entranhando e mostrando algumas faixas de enorme qualidade.

[Ladytron “Witching Hour”, 2005, Island - CID 8163]

+info:
» site oficial
» audição de todas as faixas

domingo, outubro 23, 2005

[INFO] Imprensa

O Blitz desta semana apresenta um extenso artigo sobre a imprensa escrita na Internet, a sua evolução e as comutações que sofreu desde os primeiros tempos de democratização da rede para o grande público, isto é, desde os anos 90.

O jornalista Luís Guerra leva-nos numa interessante viagem pelas baixas desta guerra como o Musicnet ou o Radiopirata, bem como pelos sobreviventes Cotonete (formado posteriormente e com a “bênção” da Media Capital) e Disco Digital. O “boom” da Internet portuguesa associada a uma certa ingenuidade dos patrocinadores terão sido as principais razões do aparecimento de alguns sites mais ou menos profissionais de música.

Um (pequeno) parágrafo é dedicado à última “solução” da comunidade cibernauta para falar e discutir música: os blogues. O incontornável Juramento sem Bandeira ou A Trompa estão presentes, bem como outros sites, de características menos profissionais (no aspecto da equipa permanente e dos patrocínios) como A Puta da Subjectividade, o recém criado HiddenTrack, Bodyspace ou o A Rua de Baixo.

terça-feira, outubro 11, 2005

[música] "Parabéns a você"

Parabéns!

Faz hoje 1 ano que "arrancou" o otites. Arranque esse que contou com a apresentação dos participantes sob a forma dos Discos mais marcantes de cada um. Vale a pena relembrar as escolhas do Work Buy Consume Die, Rudi, Serebelo, Escrito, Kid Cavaquinho e CrazyMaryGold.

Contamos, quem sabe, apresentar uma novidade que sublinhe o ultrapassar desta data.

Obrigado a todos os que nos acompanham (multidão imensurável).

[INFO: net]

O blogue Agenda Electrónica está de cara lavada. As notícias continuam a ser publicadas frequentemente sobre a música electrónica e suas variantes e a lista de links para editoras e outros sítios de interese é enorme. Uma das novidades é o "audioblog", serviço que é inaugurado no Agenda Electrónica com um tema dos Bauhaus "She's In Parties". Um óptimo trabalho do João Gonçalves.

A e-zine Rua de Baixo faz dois anos. Nascendo "perante a constatação de que os media já pouco ou nada nos trazem de novo" e "rendidos à mercantilização da informação", esta e-zine, de aspecto gráfico irreprensível, vem-nos trazendo notícias sobre alguns eventos paralelos à realidade sonora portuguesa, isto é, tem "tentado abordar a cultura de uma forma diferente, aliando o grafismo à informação, totalmente independente, mais simples e directa, sugerindo eventos, peças de teatro, filmes, exposições, marcas e projectos musicais." A Rua de Baixo pede opiniões para o mail rdb@ruadebaixo.com.

segunda-feira, outubro 10, 2005

[DISCO:crítica] Mylo "Destroy Rock n' Roll"



“Destroy Rock n´Roll” não é um disco novo, aliás data do ano passado, mas continua fresco. O espectáculo oferecido por Mylo (Miles McIness) no Festival Sudoeste é o mote para esta crítica merecida a um disco que foi, unanimemente considerado um dos melhores de 2004, incluindo no NME, Q e pela Mixmag, entre outras publicações. O Otites não fica atrás e faz a sua apreciação.

A colagem imediata da sonoridade Mylo aos Royksopp (Miles considera "Melody AM", um “disco perfeito”) ou aos Basement Jaxx não é descabida, aliás, uma das suas influências assumidas são a banda escandinava, não só pelas aproximações electrónicas mais pop, como pelo som macio cruzado com a dança. Pouco destas ligações podem ser observadas nos singles mais conhecidos do público “Drop the pressure” e “In my arms”, mais ligados a uma cultura de música de dança com laivos de sonoridades dos anos 80, vulgo “electroclash”.

Munido apenas de um Apple G4 e com a ajuda de software como o Pro Tools Free e o Absynth (ambos gratuitos), Miles McIness, faz-se deslocar num universo de pop dançável (“Musclecar Reform Reprise”, “Drop the pressure”, “Rikki” e “In my arms”) com algumas incursões pelo downtempo (“Need You Tonite” e “Emotion 98.6”) sempre com uma base muito melódica e pouco complicada, embora os filtros condimentem muito as faixas durante os quase 70 minutos do albúm.

Como disse, “Destroy Rock n´Roll” é um disco fresco, não só pela harmonia que apresenta durante a extensão de todo o disco como pelas propostas que, não sendo completamente originais, são bem interpretadas fugindo ao deja-vu que o meio da música electrónica tanto tenta evitar. Exemplo disso é a oitava faixa, “Guilty of Love” com um sample de Prince e a faixa homónima do disco que, com um longo discurso sobre os malefícios do rock n’ roll usa pedaços sonoros de guitarras e piano sobre uma componente rítmica crescente. Ainda “Rikki” com um baixo muito “funk” e sintetizador sobre arte de corta e cola de umas palavras indecifráveis é feito com o mesmo molde. “Ottos Journey” também “padece” do bom gosto de Miles McIness para as linhas de baixo, com um baixo muito fluido sobre piano e sintetizador.

“Destroy Rock n´Roll” é, foi e será, um excelente disco de música electrónica e de dança. Nas pistas já se viu o seu efeito (mesmo quando ainda tinha sido lançado como “white label”) e na rádio e televisão também. Só falta na discografia de qualquer um.

[MYLO - Destroy Rock & Roll, Breastfed BF 0007CD, 2005]

+ info:
» Site da Breastfed

 

 

 

Informação sobre o blog (para ler aquando da primeira visita a este blog)

 

Email:

 

 

(Instruções: o que é e o que é preciso fazer?)

 

Emissões:

Podcast 1

Podcast 2

Podcast 3

Podcast 4 (emissão especial)

Podcast 5

Podcast 6

Podcast 7

Podcast 8

Podcast 9

Podcast 10

Podcast 11

Podcast 12

Podcast 13

Podcast 14

Podcast 15

Podcast 16

Podcast 17

Podcast 18

Podcast 19

Podcast 20

 

 

outubro 2004

novembro 2004

dezembro 2004

janeiro 2005

fevereiro 2005

março 2005

abril 2005

maio 2005

junho 2005

julho 2005

agosto 2005

setembro 2005

outubro 2005

novembro 2005

dezembro 2005

janeiro 2006

fevereiro 2006

março 2006

abril 2006

maio 2006

junho 2006

julho 2006

agosto 2006

setembro 2006

outubro 2006

novembro 2006

dezembro 2006

janeiro 2007

fevereiro 2007

março 2007

abril 2007

maio 2007

junho 2007

julho 2007

agosto 2007

setembro 2007

outubro 2007

novembro 2007

dezembro 2007

janeiro 2008

fevereiro 2008

março 2008

abril 2008

maio 2008

junho 2008

julho 2008

agosto 2008

setembro 2008

outubro 2008

novembro 2008

dezembro 2008

fevereiro 2009

março 2009

abril 2009

maio 2009

junho 2009

julho 2009

agosto 2009

outubro 2009

novembro 2009

dezembro 2009

janeiro 2010

Current Posts

 

 

 

[PODCAST] Emissão 20

 

[OPINIÃO] Newsletter da Flur

 

[INFO] Novo tema dos Portishead

 

[OPINIÃO] Entrevista a António Sérgio pelo Vítor J...

 

[CONCERTO] Muse ao vivo no Pavilhão Atlântico

 

[INFO] Sites e música a rodos

 

[INFO] "Bohemian Rhapsody" pelos Marretas

 

[INFO] Duo Siqueira Lima

 

[OPINIÃO] António Sérgio

 

[INFO] Steppas Deligh Vol. 2

 

 

 

 

Posts referentes aos discos mais marcantes de cada redactor do "otites":

 

Juiz:

[DISCO(s): marcante(s)] “Três Selecções

 

Work Buy Consume Die:

[DISCO: marcante] “Blue Lines” Massive Attack

 

Rudi:

[disco mais marcante] "Specials" The Specials

 

Serebelo:

[Disco mais marcante] "Hope Blister" ...smile´s ok

 

Escrito:

[discos mais marcantes] Três selecções

 

Kid Cavaquinho:

[disco mais marcante] Alpha - Come From Heaven

 

CrazyMaryGold:

[discos mais marcantes] Incunabula & Amber...

 

 

Work Buy Consume Die:

 

Escrito:

Rudi:

The English Beat - Beat This
Erode - Tempo Che Non Ritorna
Dance Hall Crashers - 1989-1992 (1993)
One Step Beyond - 45 Classic Ska Hits
The Redskins - Neither Washington Nor Moscow

 

Serebelo:

Tom Zé - Imprensa Cantada

Gorillaz - Demon Days

Bloc Party - Silent Alarm

Arcade Fire - Funeral

!!! - Louden Up Now

 

Kid Cavaquinho:

Africa Funk - Vol. 1

Cubanismo! - Malembe

Gor - Crosaides

Zeca Afonso - Galinhas do mato

Rão Kyao - Porto alto

 

 

 

1 Pouco Mouco

Alta Fidelidade

A Big Black Boat

A Vítima Respira

Braindance

Bitlogger!

Caixa de Ritmos

Clube de Fans do José Cid

Crónicas da Terra

Dance Not Dance

Deep & Lounge

Easy M

Electro-Lights

Electroshocker

Error_404

Grooves Clash

Hit Da Breakz

Intervenções Sonoras

Juramento Sem Bandeira

Major Eléctrico

Mundo Urbano

Música Digital

Music Producer Center

Notas Agudas

O Puto – O Tipo – O Tóto

O Som e a Fúria

Orelha do Ano

Pautas Desafinadas

Percepções

Play On Tape

Quark! Quark!

Queridos Anos 80

R.B.S.

Rádio Tranquera

Revoluções por Minuto

Rita Carmo

Rock em Portugal

Sound + Vision

The Tracker

 

Powered by Blogger

Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com

[Buy Opera!]

Get Firefox!

Get Thunderbird

Last FM

ouvidos abusados