segunda-feira, agosto 07, 2006

[DISCO] Burial - Burial

Burial - Burial

O hype tem destas coisas: Mostra-nos o que, invisível aos olhos dos incautos, está guardado numa editora obscura. A Hyperdub, casa mãe de Kode9, tem como bandeira o dubstep, cruzamento apurado e melancólico entre o 2Step e o UK Garage juntamente com o dub e é assim baptizado pela XLR8R. Resulta um híbrido de batidas quebradas aninhadas em camadas pesarosas e escuras de sons de um cenário urbano pré/pós apocalíptico (riscar o que não interessa). O cenário urbano tem como base Londres e a neblina está presente no disco sob forma de sonoridades mais sujas com ecos que partem de alguns ruídos urbanos. Não hajam dúvidas, a cidade existe neste disco homónimo de Burial.

O anonimato de Burial alimentou a curiosidade de quem ouviu este disco. No entanto, a mente por trás deste trabalho não omitiu um facto que valoriza a realização de um trabalho musical hoje em dia; De facto, Burial trabalha apenas com um computador e software gratuito, à imagem , salvo seja, de Mylo.

Os temas incluídos em Burial são uma colecção de faixas datadas entre 2001 e 2006, mas têm uma linha comum o que permite homogeneizar o disco com uma ou duas excepções. O início, após uma introdução curta, cabe a com “Distant Lights”, um exercício belo de pesar, frieza e desespero. As linhas de baixo funcionam independentemente da parte rítmica o que quase dá a sensação de se ouvir duas músicas em simultâneo. As vocalizações – raras - são, invariavelmente, fantasmagóricas como em “Spaceape” (segundo tema) com a participação do MC Spaceape, “Gutted”, “Broken Home” (Uma faixa tremenda já editada em "South London Borough"). O ambiente dos temas neste disco citadino, é complementado com diversos efeitos sonoros o que caracterizam as músicas de uma forma diferente daquilo que falámos até agora. Por exemplo, em “Night Bus” ouvimos a chuva que juntamente com a inexistência de batida leva-nos para um campo francamente ambiental. Apesar do dubstep não ser abertamente dançável, como foi beber ao 2 Step, temos em “Southern Comfort” e “U Hurt Me” as melhores aproximações à pista de dança. O componente rítmico mais formatado e rígido aparece em “Prayer” (que nos lembra, de certa forma, “Angel” dos Massive Attack), fílmica e enevoada.

Burial é um disco muito interessante onde o obscuro mais cinematográfico e citadino se encontra com a música electrónica condimentada com sons acidentais trabalhados e com vozes atormentadas que sucumbem numa escuridão muito própria dos subúrbios londrinos.

[Burial - Burial HDBCD001, Hyperdub 2006]

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