[INFO] Blitz Nº4
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"O número 4 da revista BLITZ chega às bancas na próxima sexta-feira e na capa está Beyoncé, integrada num dossier em que se procura perceber a maneira como o negócio da música tem sido dominado pelas mulheres nos últimos tempos. Janet Jackson, Christina Aguilera, Kelis e Fergie também foram chamadas a depor!
Completamente inédita é a iniciativa de oferecer dowloads legais aos compradores da revista, que poderão descarregar do site iTunes canções dos Franz Ferdinand, Frank Black, Josh Rouse e You Should Go Ahead.
Ainda neste número, a revista BLITZ relembra a obra de Syd Barrett, o génio que nos anos sessenta fundou os Pink Floyd e publica uma entrevista com Michael Stipe, o cantor dos REM, que revisita a carreira da banda surgida em Athens, na Geórgia, a propósito do lançamento de uma colectânea em que são recuperadas as suas primeiras gravações.
Entrevistas a DJ Shadow, The Killers, The Kooks e ao realizador M. Night Shyamalan («Sexto Sentido») fazem também parte do quarto número da revista que ainda publica foto-reportagens do festival de Paredes de Coura (que devido ao calendário de fecho não foi possível incluir no número anterior), Da Weasel e Marisa Monte. Também há críticas aos discos dos Scissor Sisters, Justin Timberlake, Caetano Veloso, Kelis, I’m From Barcelona, Lisa Germano, Beyoncé, Charlotte Gainsbourg, Christina Aguilera, Leonard Cohen, Def Leppard, Elton John, Slayer ou Rapture. E ainda aos últimos DVDs dos Pixies, Depeche Mode, Iron Maiden e Chico Buarque."
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sexta-feira, setembro 22, 2006
[DISCO] VA - "Dubstep Allstars: Vol. 04 Mixed by Youngsta & Hatcha"
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A editora Tempa lançou o seu aguardado álbum misturado, "Dubstep Allstars Vol. 4" - um CD duplo - com faixas seleccionadas pelos já conhecidos Youngsta e Hatcha.
No ano passado, Youngsta foi responsável pelo segundo álbum misturado da Tempa. Ele trabalha na Blackmarket - uma das principais lojas londrinas especializadas em música urbana e respira música o dia inteiro. A sua preferência por sons mais sombrios, com cadência quebrada ao meio e graves assustadores desafia as expectativas das pistas em que toca e garantiu o seu status como principal expoente do género. Entre os nomes que surgem neste disco, o destaque vai para Headhunter, um ex-BMX que teve as suas produções cortadas em dubplates de 10" pelo DJ. O set de Youngsta tem precisão cirúrgica e a sua selecção é assustadora, não apenas pelo talento e técnica, mas também pela atmosfera fantasmagórica que inspiram as faixas de Coki e Mala (Digital Mystikz), D1, Loefah e Skream. De um modo geral, o CD evoca uma tensão causada por trechos dramáticos que oscilam entre o melancólico e a euforia.
Se há alguém que testemunhou o surgimento do dubstep e acompanhou de perto o crescimento da cena, essa pessoa é Hatcha. Ele assina o primeiro álbum misturado da Tempa, lançado em 2004, e foi com esse registro seminal que o termo "dubstep" vingou. Muitas vezes acompanhado por Crazy D, seu MC e fiel escudeiro, esse pioneiro tem um programa na Rinse FM e é um dos seus veteranos. Hatcha vem de Croydon, região ao Sul de Londres e berço do dubstep, onde trabalhava na Big Apple Records - label e loja que abrigava DJs e produtores que deram os primeiros passos para a construção do estilo. Naquele tempo só havia 2-step e Hatcha levou o som para a frente, injectando doses cavalares de dub e reggae à sua selecção, com cada vez mais produções exclusivas em dubplates, cortadas para mostrar ao público o que havia de novo a surgir na época. A sua mistura traz uma novidade: faixas de Benga que foram recentemente lançadas apenas em CD - escolhidas do último álbum de autor do produtor - merecidamente cortadas em 10". Outro destaque é a produção de Kromestar, que abusa de ecos, reverberações e graves borbulhantes, por meio de melodias com um pé na Jamaica. Muito animado, esta mistura vem para acordar o cemitério. Do começo ao fim, é possível ouvir os dubplates estalando na agulha dos gira-discos.
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Este texto foi escrito por Bruno Belluomini e Natalie Valili iniciando uma parceria entre o Otites e a Rádio Tranquera e pode ser lido no RRAURL.
quinta-feira, setembro 21, 2006
[disco] Ratos De Porão "Homem Inimigo do Homem"
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Os Ratos De Porão voltaram a editar um álbum 25 anos após a sua formação. "Homem Inimigo do Homem" foi o nome escolhido para mais meia-hora de pancada, arrotos, velocidade inatingível, violência, berros, saltos, gregórios, raiva, sangramento, barbárie descarada e muitos pontapés - ou seja o típico e normal nos Ratos De Porão e no hardcore que produzem.
Ainda assim, convém fazer sobressair o facto deste disco ser nitidamente uma aproximação ao som de "Carniceria Tropical" (disco lançado em 1997 e que será, com poucas dúvidas, o disco mais violento que passou na minha aparelhagem) mas sem se afastar muito do anterior "Onisciente Colectivo". Já este "Homem Inimigo do Homem" não resultou tão violento (porque nem sequer me parece possível conseguir chegar a esse ponto) até porque o produtor Billy Anderson (também produtor do "Carniceria Tropical") esteve mesmo para trabalhar neste último álbum... mas desapareceu sem deixar rasto à última da hora. Mas não fez mal nenhum... os punks desenrascam-se sempre e chegou-se a uma versão final bem profissional e digna de uma carreira enorme, mítica e que faz dos Ratos De Porão, ainda, a minha banda favorita de todos os tempos.
Míticos continuam os inchaços que esta banda provoca nos nossos ouvidos, bem como as letras arrasantes contra cenas da sociedade, o Papa, escravidão, e outros assuntos de política brasileira e internacional que sempre vão causando polémica nomeadamente com cenas dos vídeos de "Covardia de Plantão" (música sobre a violência nas ruas - vale a pena ver o vídeo aqui) e "Expresso da Escravidão" (vídeo aqui, com legendas e tudo) - dois dos temas mais fortes juntamente com "Testemunhas do Apocalipse" (ouvir no myspace) e "Pedofilia Santa", entre outros.
"Homem Inimigo do Homem" chega na altura certa e, assim o espero, poderá dar o mote a uma possível nova visita destes brasileiros a terras de Portugal... I wish...
É para ouvir repetidamente e para testar aparelhagens e sistemas auditivos humanos.
» Site oficial da banda
» Myspace
quarta-feira, setembro 20, 2006
[DISCO] Boxcutter "Oneiric"
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Ainda mal se fala de dubstep e das suas características inerentes enquanto estilo musical e já existe alguém a rasgar essas limitações. Na verdade, se a actividade da editora Planet-Mu tem como imagem de marca algum experimentalismo, o certo é que Mike Paradinas encontrou aqui o talento inato do norte-irlandês Barry Lynn (produtor e guitarrista) que retirou os holofotes da Hyperdub depois da pedrada no charco que foi o álbum homónimo de Burial, direccionando-os para este “Oneiric”, o seu disco de estreia.
As diferenças entre estes dois discos permitem afirmar que existe uma diversidade, uma evolução, no género. O álbum debutante de Boxcutter incorpora - além do 2-Step, jungle e do dub - rendilhados electrónicos e frases sonoras provenientes da família Roland. Assim, junta-se a IDM, o jungle e drum n’ bass dos anos 90 e alguns farrapos jazzísticos à base já conhecida. De facto, parece que o Aphex Twin de meados dos anos 90 povoa este trabalho. Exemplos desse trabalho (quase de ourivesaria, o que só valoriza “Oneiric”) são ouvidos em “Tauhid”, faixa inicial onde os sons envoltos numa névoa são cadenciados por gordas linhas de baixos, em “Brood”, uma faixa farta de camadas sonoras negras e densas, em “Bad You Do” onde o dub se acomoda entre um jungle apontado para as pistas de dança que nos lembra alguns trabalhos de artistas de drum n‘ bass da década passada ou em “Hyloz” onde a uma ambiência com instrumentos de sopro se juntam dramáticos lençóis de longos sons sintetizados.
Aparte dessa perspectiva mais ligada a uma estrutura rítmica mais forte, “Oneiric”, tem aqui e ali, elementos claramente ambientais de uma electrónica menos club friendly como o exercício melodioso de “Chlorophyll”, a aproximação claramente dub de “Gave Dub” que se mistura com uma soul mínima ou a faixa “Mossy”, que respira harmonia e leveza num diálogo de puro entendimento entre guitarra, sopros de inspiração jazz e um xilofone redondo e calmo.
Este disco concentra em si, uma visita ao passado, através das influências assumidas ao longo destes 65 minutos, como assenta raízes no presente pela ponte com a IDM e o dubstep. Esta duplicidade faz de Mike Paradinas um justo vencedor desta aposta e faz-nos esperar o próximo disco de Barry Lynn com urgência.
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segunda-feira, setembro 18, 2006
[INFO] Fim da Output Recordings
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Trevor Jackson, o profílico produtor e remisturador Playgroup, era o frontman da Output Records e revelou ter decidido fechar a edtora por questões financeiras e pela traição de amigos além do drama que é comandar um selo. "Dirigir a Output começou como diversão e acabou como pesadelo. Vi pessoas que eram meus amigos tornarem-se monstros. Indivíduos que eu trabalhava esfaquearam-me pelas costas...", desabafa, em entrevista no Pitchfork Media. "Peço desculpas pela atitude, mas fiz o que achei melhor. Não sei quanto mais eu poderia ir além sem ter que vender minha alma".
No início de Outubro a última edição (a 1ooª da editora) estará disponível sob forma de MP3 gratuitos no site da Output Records, mas apenas durante esse mês.
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[INFO] Mouraria Records e Coty Cream
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No Santos da Casa e A Trompa descubro que no espaço das editoras nacionais surge mais uma nova casa, a Mouraria Records, que vai iniciar o seu trabalho de edições com o lançamento do primeiro EP dos New Connection e de um vinil que marca o regresso dos Coty Cream com o disco "O Rock da Mouraria" podendo-se ouvir "Big white shark attack" como primeira aproximação ao álbum.
De momento estão ambos em fase de edição, estando previsto o lançamento oficial do primeiro para Setembro e, do segundo, para Outubro.
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» Mouraria Records
» Coty Cream
quarta-feira, setembro 13, 2006
[INFO] Actualização dos Links
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Outro blogue a reter é o Bitlogger!, multifacetado e com textos muito bem escritos debruçando-se sobre a música ou cinema de uma forma pouco superficial. Aliás, sobre cinema, as análises são profundas e não raras vezes, deliciosas.
Também o R.B.S., Grooves Clash e o 1 Pouco Mouco (do Pedro Gonçalves radialista da Química FM) foram adicionados à lista, bem como o blogue da Rita Carmo, fotógrafa de música onde se podem encontrar belos exemplares fotográficos de eventos musicais.
sexta-feira, setembro 08, 2006
[INFO] Alex S. trabalha com Tracey Thorn
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Via Orelha do Ano descubro que Alex Santos, produtor que editou pela KAOS no ínicio e meados dos anos 90 com hits como "Tonight" e "An Urban Dream Of Love" e que depois esteve ligado à Funktastica, Musica Alternativa e mais recentemente, atraves do projecto Delicado, à Chiado Records, trabalhou com Tracy Thorn, vocalista dos Everything But The Girl e colaboradora dos Massive Attack na preparação do último disco.
Afirma Tracy Thorn no seu MySpace, "my solo album is nearly done - been working on it for almost a year. (...)I've got together with a few different producers/collaborators, and we've come up with a record that (I hope) is a true reflection of who I am right now and what I love right now. There's (...) a bit of modernist heartbreak house from Alex Santos,(...)".
quinta-feira, setembro 07, 2006
[INFO] Raio-X disponibilizado na internet
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terça-feira, setembro 05, 2006
[INFO] Netaudio na Química FM
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"True... starting September 7 (thursday), Test Tube will host a radio show, broadcasted on Química FM (105.4Mhz) from Alcoitão (Cascais), covering a huge radius with thousands of homes around the area (Sintra, Cascais, Oeiras and even some parts of Lisboa).This weekly show will run for two hours, starting at 23h00, and will feature many specials, not only Test Tube material repertoire, of course. We plan to do interviews, Label and Netlabel specials, Specific artists specials, maybe some live stuff in the studio, and son on...Sometime next week we will do a test broadcast to see how it goes.Oh, and it will be a live show... no safety net.
sexta-feira, setembro 01, 2006
[DISCO] The Mars Volta - "Amputechture"
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Está para breve o lançamento do terceiro álbum de originais de The Mars Volta. O lançamento (nos E.U.A) está previsto para 12 de Setembro de 2006, pela GSL/Universal. Para já é possível ouvir um dos temas de “Amputechture” no “cantinho” da banda (tradução livre de "my space"), e ainda ler uma pequena autobiografia onde é revelado o percurso da banda e a história dos seus álbuns. Para já pouco mais, ou nada pode ser adiantado sobre o álbum, a não ser o facto de que este álbum não será “inspirado” pela morte, visto que os anteriores trabalhos da banda “De-loused in the Comatorium” e “ Frances the Mute” foram uma espécie de homenagem a dois amigos da banda, que faleceram.
Para mais informações:
» site da banda
» myspace da banda
» site da Universal Music Group