[INFO] Química FM
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Na Química FM não há playlists. O que há, acima de tudo, é a música que melómanos de longa data – entre músicos, DJs e jornalistas – acumularam e continuam a acumular nas suas colecções.
Na Química FM haverá pop, haverá electrónica, haverá as chamadas músicas do mundo, haverá jazz, haverá espaço para experiências sónicas, haverá reggae e, naturalmente, haverá atenção sobre a produção portuguesa.
É o alinhamento de programas mais generalistas e de uma considerável dose de programas de autor, a área onde toda a História da rádio sempre conheceu maior criatividade.
A partir de 1 de Setembro, a Grande Lisboa passa a ter uma alternativa real ao tom monocórdico que caracteriza o espectro radiofónico. Passa a ter uma rádio com gente dentro.” Para ler o texto completo.
Como o site da rádio ainda está em stand by, sob o signo do Google descubro alguns programas que vão ter espaço radiofónico na Química: Um de punk rock com o DJ Billy, chama-se"77" e tem a duração de uma hora sendo emitido todas as quintas-feiras.
Outro programa é da responsabilidade do Vítor Junqueira do Juramento sem Bandeira e do J G do Grandes Sons. O “Triangulo Escaleno” já tem blogue e versa assim: “Juntam-se dois amigos e convidam um terceiro para lhes fazer companhia todos os domingos à noite, para falar de si e da música que o rodeia. Ao longo de duas horas, ouve-se e fala-se de música no plural, argumenta-se, ensaia-se e desmistificam-se os meandros mais obscuros e mais solarengos da música popular destes e de outros dias, fazem-se piropos e declarações de ódio, fala-se da actualidade e apresenta-se a semana de palcos que aí se inicia. E o triângulo que se senta à mesa é escaleno, em prol da diversidade angular, contra a uniformização, contra os triângulos isósceles e outras figuras geométricas de lados e ângulos sempre iguais que teimam em invadir os nossos ouvidos.
Triângulo Escaleno é realizado por João Gonçalves e Vítor Junqueira, que se conheceram em 98, na Musicnet, quando um colaborava e o outro dirigia aquele projecto entretanto extinto. João colabora actualmente com o Disco Digital e com a Mondo Bizarre. Vítor escreveu em 2004 a biografia dos Mão Morta, "Narradores da Decadência", e colabora com a Mondo Bizarre.”
Para já, espera-se.
quarta-feira, agosto 30, 2006
[INFO] Portishead e MySpace
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[INFO] Tool e Muse em Lisboa
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Ambas as bandas trazem disco novo na bagagem, «Black Holes & Revelations» para os Muse e «10.000 days» para os Tool. Não será a primeira vez que Muse e Tool passam por Portugal. Para os Muse é a quinta passagem em terras lusas, enquanto que os Tool tocarão pela terceira vez no nosso país.
» site oficial de Muse
» site oficial de Tool
terça-feira, agosto 29, 2006
[INFO] Netaudio’06: the London Netlabel Festival
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Após Lisboa, Berna e Colónia eis que Londres apresenta um festival de netaudio. O "Netaudio’06: the London Netlabel Festival" que vai ter lugar dias 15 e 16 de Setembro e representa a materialização do esforço entre artistas e outros agentes para a maior visibilidade desta nova forma de divugação musical.
A electrónica é o género mais abrangido pelo line up dos artistas que irão actuar na Candid Arts Centre. O programa é eclético contando com espectáculos musicais e perfomances visuais. Os bilhetes (muito longe da entrada gratuita no evento português) custam 10£.
Uma óptima dica para os responsáveis das netlabels portuguesas que, sendo em menor número, poderiam encetar esforços para atingir um evento semelhante a este.
segunda-feira, agosto 28, 2006
[INFO] Jornal "UM"
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Via “O Som e a Fúria” e “A Vítima Respira?” tomo conhecimento de mais uma publicação no mercado nacional de imprensa musical, o jornal UM. O objectivo é “fazer uma revista a meio caminho entre o mainstream e o underground, com um ouvido atento na Nelly Furtado e outro nas cenas mais experimentais da zêdêbê incluindo, obviamente, tudo em volta, sem fronteiras estéticas nem preconceitos.” Mais ainda “o UM tratará de música, provavelmente em boa parte de música popular. Logo, tratará também de cinema, literatura, media, tecnologia, artes plásticas, educação, política, sociedade,... Vai-se tentar no UM fazer um elogio da escrita, da escrita com espaço para pensar e comunicar, da escrita com imaginação, inteligência, sabedoria, sangue e vontade de ser escrita nova.” O jornal UM terá periodicidade quinzenal e será gratuito começando as suas edições regulares a partir de Setembro.
O nº0,5 do UM dedica a capa ao festival de Paredes de Coura e pode ser encontrado na cadeia FNAC. Neste número inicial há dois convidados: O Amílcar Correia, com um artigo de opinião e o Adolfo Luxúria Canibal, com uma mixtape comentada. O nº0,5 é uma amostra do que poderá ser o UM. Mostra uma parte do que deverá ter a partir de Setembro. Considere-se uma versão pública, consciente, oficial, de um nº0.
A equipa que compõe o UM é liderada por Jorge Manuel Lopes e os alicerces couberam a Jorge Coelho. O Eduardo Sardinha edita-o. O França Gomes cuida do grafismo. No momento do arranque, tem colaboradores já com trabalho e talento mostrado em papel impresso (Pedro Gonçalves, José Marmeleira, André Gomes, Luís Bento, Nelson Calvinho, Tiago Gomes), e outros que, salvo erro, chegam agora ao papel impresso (Ana Patrícia Silva, Rita Carvalho, Rodrigo Nogueira, Nuno Pereira, Diogo Silva).
Com o reaparecimento do Blitz (e consequentemente a introspecção sobre a imprensa musical nacional) mais uma proposta aparece. É de louvar e só se pode desejar a melhor das sortes.
[INFO] Links
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sábado, agosto 26, 2006
[DISCO] Buraka Som Sistema "From Buraka to the World EP"
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A Enchufada tem sido uma editora que tem trazido bons ventos e proporcionado bons casamentos na música portuguesa como comprovam os One Week Project (conhecidos anteriormente por “1-Uik Project”) ou o último disco de Melo D. Os Buraka Som Sistema (BSS), trabalho que surge da união entre Lil" John, Conductor e Riot, acompanhados por Petty e Kalaf, é pioneiro em Portugal embora se possam encontram semelhanças no movimento Funk no Brasil; A mistura de elementos musicais urbanos com uma cultura étnica musical é a base deste “kuduro progressivo” que os BSS nos mostram.
Após os lançamento do single "Yah!" e com uma época estival cheia (participações no Hype@Tejo em Lisboa, Festival de músicas do Mundo em Sines, e no Sudoeste TMN) eis que surge o EP "From Buraka to the World EP" com venda exclusiva na FNAC. A exclusividade continua: todas as cópias têm uma capa interior diferente, já que foram impressas num papel reciclado e já impresso num dos lados.
A curiosidade de se juntar no mesmo disco Kalaf e o kuduro, ou seja, o antagonismo da poesia sem amarras de voz quente ou os dizeres cheios de nada em que um refrão se limita a “puxa!”, é intensa e desde logo, na primeiro audição, se nota que os BSS fizeram música para dançar e "abanar a anca" e não para beber as palavras de Kalaf. Deste modo, as catch phrases são vocalizadas por Petty à medida que ouvimos a mistura (essa sim, fácil) da electrónica nas suas facetas mais dançáveis com o “tradicional” kuduro. O resultado mostra interesse por um lado e desequilíbrio por outro. Se em “Com respeito” as vozes são secundárias e não mascaram a estrutura rítmica ou em “Cozi o Mambo” nos aparece o verdadeiro “progressive kuduro” em mistura acid house em ritmo elevado, já em “Wawaba” ouvimos um tema que Hélder, o rei do Kuduro não desdenharia ter num seu disco. O segundo tema do EP (após um bem disposto “Intro” onde se afirma “From Buraka to the world”) é “Buraka entra!” que cruza algum grime com um break beat acutilante e sério. “Sem Makas” é a proposta mais interessante deste EP: O cruzamento entre o electro com ritmos percussivos aliados a um kick pesado mas não excessivamente duro vai aquecer muitas pistas de dança.
Os BSS fizeram algo de novo e propõem cominhos que irão ser explorados por quem vem atrás. De facto, este “progressive kuduro” agrada a vários públicos e permite influências várias albergadas na melhor casa para este efeito: a Enchufada que arriscou (e, segundo parece, bem) este EP e marca, mais uma vez, a música urbana actual.
+ info:
» MySpace dos Buraka Som Sistema
» Enchufada
terça-feira, agosto 08, 2006
[INFO] Massive Attack
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segunda-feira, agosto 07, 2006
[DISCO] Burial - Burial
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O hype tem destas coisas: Mostra-nos o que, invisível aos olhos dos incautos, está guardado numa editora obscura. A Hyperdub, casa mãe de Kode9, tem como bandeira o dubstep, cruzamento apurado e melancólico entre o 2Step e o UK Garage juntamente com o dub e é assim baptizado pela XLR8R. Resulta um híbrido de batidas quebradas aninhadas em camadas pesarosas e escuras de sons de um cenário urbano pré/pós apocalíptico (riscar o que não interessa). O cenário urbano tem como base Londres e a neblina está presente no disco sob forma de sonoridades mais sujas com ecos que partem de alguns ruídos urbanos. Não hajam dúvidas, a cidade existe neste disco homónimo de Burial. O anonimato de Burial alimentou a curiosidade de quem ouviu este disco. No entanto, a mente por trás deste trabalho não omitiu um facto que valoriza a realização de um trabalho musical hoje em dia; De facto, Burial trabalha apenas com um computador e software gratuito, à imagem , salvo seja, de Mylo. Os temas incluídos em Burial são uma colecção de faixas datadas entre 2001 e 2006, mas têm uma linha comum o que permite homogeneizar o disco com uma ou duas excepções. O início, após uma introdução curta, cabe a com “Distant Lights”, um exercício belo de pesar, frieza e desespero. As linhas de baixo funcionam independentemente da parte rítmica o que quase dá a sensação de se ouvir duas músicas em simultâneo. As vocalizações – raras - são, invariavelmente, fantasmagóricas como em “Spaceape” (segundo tema) com a participação do MC Spaceape, “Gutted”, “Broken Home” (Uma faixa tremenda já editada em "South London Borough"). O ambiente dos temas neste disco citadino, é complementado com diversos efeitos sonoros o que caracterizam as músicas de uma forma diferente daquilo que falámos até agora. Por exemplo, em “Night Bus” ouvimos a chuva que juntamente com a inexistência de batida leva-nos para um campo francamente ambiental. Apesar do dubstep não ser abertamente dançável, como foi beber ao 2 Step, temos em “Southern Comfort” e “U Hurt Me” as melhores aproximações à pista de dança. O componente rítmico mais formatado e rígido aparece em “Prayer” (que nos lembra, de certa forma, “Angel” dos Massive Attack), fílmica e enevoada. Burial é um disco muito interessante onde o obscuro mais cinematográfico e citadino se encontra com a música electrónica condimentada com sons acidentais trabalhados e com vozes atormentadas que sucumbem numa escuridão muito própria dos subúrbios londrinos. [Burial - Burial HDBCD001, Hyperdub 2006] + info:
» Hyperdub
domingo, agosto 06, 2006
[INFO] Autechre
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Por intermédio do blogue dos Major Eléctrico descubro um arquivo de espectáculos e entrevistas dos Autechre. A primera gravação neste arquivo data de 1996 e a mais recente é de Abril deste ano. Nesta lista podemos encontrar o espectáculo que o duo apresentou no Sonar de 2000 ou programas na BBC. São muitas horas de música e informaão sobre os Autechre. Monumental.